Ora meu caro Miguel, sou realmente da ala mais à esquerda, mas ainda não tive razões para dizer mal deste governo (a não ser no IVA, que ainda por aqui anda). Hei-de dizer, mas nisso, nunca há-de chegar um governo perfeito, como tal, não é por ser do PS que hei-de ser seu paladino. Agora uma coisa é certa, nenhum governo teve tão motivado para uma determinada coisa como este. Nenhum apresenta medidas tão inovadoras como este (tal como falaste, por exemplo, em relação à função pública). O nosso problema é andarmos sempre a pedir reformas, o que realmente interessa para este país andar, é pegar no que já se tem e ir fazendo ajustes. Claro que nalguns pontos são necessárias reformas, mas já chega da loucura das grandes reformas.
A iniciativa privada é boa, Miguel, nunca disse que era má. Apenas me parece que só isso, tal como só iniciativa pública, é mau e em nada desenvolve um Estado socialmente correcto, não concordas, agora, comigo?
Quanto a ti, Nuno, discordo de podermos escolher o tribunal. Se tiveres um cunhado juiz, já sabes, escolhes o tribunal, nem que seja o de Faro, seria correcto? O problema da direita, no meu entender, é esse. Partir do princípio em qe há uns que funcionam melhor e dar a possibilidade de escolher, denota, logo, pouca vontade de melhorar os que funcionam mal. Este processo é equivalente às escolas. O Governo de Durão Barroso, decidiu atribuir mais verbas às escolas com sucesso educativo, do que àquelas com menor sucesso. Palminhas, palminhas, fez muito bem. Ora... Alguém se dará ao trabalhar de ver as condições de uma e as condições de outra? Alguém compreenderá que nunca mais a escola com menor sucesso poderá ter resultados equivalente à outra, pois nunca mais as condições serão as mesmas? Alguém se dá ao trabalho de compreender que o capital cultural dos alunos, por exemplo, em pleno interior é menor do que o capital cultural dos alunos urbanos, principalmente se forem de bairros de classe média? Não, claro que não. Tudo é competição e o melhor ganha... tudo. Num estado social, s há bons, também temos que olhar para os menos bons, ajudar, principalmente esses, a chegar ao patamar dos outros. Não é como o magnífico sistema educativo Americano, em que tu escolhes a escola. Depois existem as escolinhas dos meninos e as escolas dos vadios. Isso nos tribunais teria consequências bem piores (ou não...). Escolhes o tribunal, o tribunal também terá que escolher o teu processo, porque, imaginemos, passar uma quantidade de processos para um outro tribunal, com fama de funcionar melhor, acabava no mesmo: o tribunal entupia e parava. Logo era necessário que o tribunal selecionasse. Isto implicaria que o pobre, aquele que não tem cunha, ficava no tribunal 3 anos. Aquele que tem cunha ia para o o outro e em 2 meses estava pronto. Está-me a falhar a palavra para classificar este método... Injusto. Se a injustiça já existe dentro do tribunal, imaginemos assim.
A iniciativa privada é boa, Miguel, nunca disse que era má. Apenas me parece que só isso, tal como só iniciativa pública, é mau e em nada desenvolve um Estado socialmente correcto, não concordas, agora, comigo?
Quanto a ti, Nuno, discordo de podermos escolher o tribunal. Se tiveres um cunhado juiz, já sabes, escolhes o tribunal, nem que seja o de Faro, seria correcto? O problema da direita, no meu entender, é esse. Partir do princípio em qe há uns que funcionam melhor e dar a possibilidade de escolher, denota, logo, pouca vontade de melhorar os que funcionam mal. Este processo é equivalente às escolas. O Governo de Durão Barroso, decidiu atribuir mais verbas às escolas com sucesso educativo, do que àquelas com menor sucesso. Palminhas, palminhas, fez muito bem. Ora... Alguém se dará ao trabalhar de ver as condições de uma e as condições de outra? Alguém compreenderá que nunca mais a escola com menor sucesso poderá ter resultados equivalente à outra, pois nunca mais as condições serão as mesmas? Alguém se dá ao trabalho de compreender que o capital cultural dos alunos, por exemplo, em pleno interior é menor do que o capital cultural dos alunos urbanos, principalmente se forem de bairros de classe média? Não, claro que não. Tudo é competição e o melhor ganha... tudo. Num estado social, s há bons, também temos que olhar para os menos bons, ajudar, principalmente esses, a chegar ao patamar dos outros. Não é como o magnífico sistema educativo Americano, em que tu escolhes a escola. Depois existem as escolinhas dos meninos e as escolas dos vadios. Isso nos tribunais teria consequências bem piores (ou não...). Escolhes o tribunal, o tribunal também terá que escolher o teu processo, porque, imaginemos, passar uma quantidade de processos para um outro tribunal, com fama de funcionar melhor, acabava no mesmo: o tribunal entupia e parava. Logo era necessário que o tribunal selecionasse. Isto implicaria que o pobre, aquele que não tem cunha, ficava no tribunal 3 anos. Aquele que tem cunha ia para o o outro e em 2 meses estava pronto. Está-me a falhar a palavra para classificar este método... Injusto. Se a injustiça já existe dentro do tribunal, imaginemos assim.
1 comentário:
Se calhar era injusto, se calhar até resultava melhor, só experimentando... Eu, pessoalmente, gosto de premiar o mérito, distinguir os que têm sucesso por empenho dos que não têm sucesso e deixam andar. Na educação como na justiça ou na saude ou em qualquer outra área. E gosto da ideia da liberdade de escolha incluir a liberdade de optar por uma escola, um hospital ou um tribunal. Não é mudar depois de entrar, é optar logo por um! Eu gosto de ir ao Continente e ao Carrefour fazer compras, mas não gosto do Feira Nova ou do Jumbo. Eu gosto de carros alemães e ingleses e da Ferrari, não gosto de carros italianos e franceses e da Porsche! Gosto de optar em função de critérios que estabeleci no que toca a compras de mercearia em casa ou na escolha do automóvel. Porque não posso escolher coisas muito mais importantes do que essas? Em nome duma utópica igualdade que nunca foi possivel atingir em nunhum lugar? A humanidade sempre foi diferente, o homem sempre foi diferente, até os gémeos iguais têm diferenças uns dos outros; para quê esta mania da igualdade que não é possivel, nunca será, de atingir? Se assumirmos que há uns mais iguais do que outros - porque esta é a realidade-, será possivel um dia tratar dos feridos e enterrar os mortos. Até lá, vamos continuar a lamber feridas, não dúvides! Sei que estarei a "chocar" muita gente, mas nunca optei pelo discurso do políticamente correcto e sempre disse aquilo que achava que devia ser dito, assumi aquilo que penso...
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