terça-feira, maio 24, 2005

Desculpem a sinceridade

Quanto mais leio e oiço os argumentos do "Não", mais convencido fico de que o meu voto será "SIM".

Os apoiantes do "Não" são a favor de uma Europa mais forte (menos o Xavier, que tem uma visão atlanticista). Pelos vistos a nossa amiga Silvinha até federalista é... "eu também sou a favor da unicidade em todos os sentidos da Europa". Ainda estou à espera que os apoiantes do "Não" me digam se preferem que fique tudo como está...

Maiores poderes para o parlamento europeu, sistema de dupla maioria bastante democrático, criação da figura do presidente e do MNE da Europa são alterações que considero positivas e que aproximarão os cidadãos das instituições. Como disse num post anterior, o ponto onde estou mais em desacordo é no papel do BCE. Mas isso a nossa geração encarregar-se-á de alterar...

Acusam-me de ser optimista. Discordo. Quando eu defendo uma Europa forte e unida, é precisamente porque há a possibilidade de os valores do iluminismo europeu precisarem, num futuro não muito longínquo, de serem defendidos e preservados. Se esperasse um mundo cor-de-rosa, era indiferente a questão da Europa.

Mas, porque o mundo não é perfeito, e porque, apesar das 2 guerras mundiais, confio mais nos europeus (porque me sinto como tal) do que nos americanos, chineses ou russos é que sou a favor de uma Europa Federal.

Portugal e os portugueses, enquanto nação e povo, terão mais capacidade de actuar sobre o mundo inseridos numa Europa Federal do que individualmente.

Chamam a isto optimismo? Isto é a realidade. Ninguém sabe para onde caminha o mundo e como estaremos daqui a 5, 10 ou 15 anos. Podemos apenas traçar cenários. Não considero este, traçado por mim, um cenário optimista.

Apenas tenho a convicção ou crença de que uma Europa a uma só voz seria capaz de construir um mundo cada vez melhor.

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