Já que o tema foi aqui abordado, escrevo este pequeno texto para expôr a minha opinião relativamente aos já anunciados candidatos a Belém e o candidato a candidato mais do que certo mas que, no entanto, ainda não formalizou a sua candidatura. A este assunto retomarei apenas depois das autárquicas.
O Sr. (se repararem, no máximo trato as pessoas por Sr., de pseudo doutores e engenheiros está o país cheio e para além disso não gosto de rótulos) Mario Soares enganou-se a si próprio quando afirmou num passado recente que jamais tornaria a exercer política de forma activa. Ainda me custa a crer que ele tenha avançado. Como li, penso que no "Linha de Rumo", nem no Vaticano, devido à idade, ele estaria apto a ser Pápa. Apesar de concordar com o Sr. Soares em muitos pontos, especialmente nas críticas à política externa norte-americana, sinto que será mais do mesmo. Sem renovação, sem ideias, sem discursos que rompam com o marasmo e estigma em que vivem a nossa sociedade. Mas, mais importante do que tudo isto, não será a alavanca que o país precisa para travar determinadas políticas que este governo está a tomar, especialmente ao nível da política económica (depois de ouvir ontem no Prós e Contras o pai do PIIP ainda mais assustado fiquei).
Relativamente ao Sr. Jerónimo, nota-se claramente que é o orgulho comunista a falar mais alto. O meu palpite é que desista a um mês das eleições, depois de ver sondagens que dão a vitória ao Sr. Cavaco logo à primeira. Como é mais do que óbvio, não será o Sr. Jerónimo que conseguirá mudar mentalidades (um Presidente da República, neste sistema, pouco mais do que mudar mentalidades pode fazer, o que já não seria pouco se conseguisse. Aliás, mudar mentalidades é o mais difícil e se nem o governo com tantos instrumentos à disposição consegue, quanto mais um Presidente da República que parece não ter mais nenhum poder para além do discurso em directo na televisão).
Quanto ao Sr. Cavaco, apesar de ainda não ser oficial, acredito que avance para a corrida. E este é o meu candidato, até ver. Dele espero um discurso realista mas, simultaneamente, um discurso que transmita confiança e que mobilize de facto o país. No âmbito da política, precisamos de um Scolari por altura do Euro. Para além disso, parece-me o único capaz de travar, em certa medida, a política ruinosa que este governo está a seguir.
No entanto, quero deixar claro que, só depois de ouvir o que todos os candidatos têm para dizer é que tomarei uma decisão final.
P.S. - Sou a favor de um sistema mais presidencialista onde, pelo menos as pastas da defesa e dos negócios estrangeiros, estejam sobre a batuta de Belém.
Macau que se vai perdendo
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