No debate de ontem assisti ao Sr. Belmiro de Azevedo a questionar o comissário europeu, Joaquin Almúnia, sobre o controlo de Bruxelas sobre a afectação dos fundos estruturais. E deixou muito claro que estava ali para defender a sua "dama". Não quero dizer que ele estivesse certo ou errado, apenas me deu a ideia que estava ali para defender os seus interesses.
Relativamente a estes projectos megalómanos e estruturantes para o país (Aeroporto da OTA e TGV), concordo que o país adopte os projectos (traçados e tipo de transporte no caso do TGV) mais rentáveis para as nossas empresas e famílias. Daí achar que a linha Porto-Vigo e Porto-Lisboa sejam fundamentais, principalmente no transporte de mercadorias. São estes projectos estruturantes que compete ao Estado executar. Também competiria ao Estado construir uma central nuclear, mas veja-se que um grupo de empresários portugueses foi capaz de apresentar um projecto totalmente composto por capitais privados para a realização do projecto. Vamos ver se o Estado complica ou facilita a construção de tal estrutura, mais essencial que o TGV.
Concordo que o Estado devia apoiar um sector industrial específico, como a Finlândia fez com a indústria das telecomunicações. Por exemplo, apostar na nanotecnologia ou na robótica.
Para isto, para tanto investimento, é imperioso reduzir as despesas correntes. Só desta forma conseguiremos libertar recursos para haver um impulso efectivo por parte do Estado a um sector industrial específico.
O problema é que o conflito entre as várias opções e a inexistência de um plano em que os 2 maiores partidos nacionais estejam de acordo, mina completamente qualquer tentativa de realização eficiente e no devido tempo de qualquer que seja o projecto estruturante para o país. Dá a ideia que tem que haver rotatividade entre PS e PSD, para fazer desfazer e refazer projectos. Assim toda a gente ganha algum. Veja-se o caso do Aeroporto e do TGV, quantos projectos já estiveram em cima da mesa?!?
Macau que se vai perdendo
Há 10 anos
1 comentário:
A central nuclear acho que foi liminarmente recusada... A Ota e o TGV, por mais estruturantes que sejam, tão cedo não devem sair do papel. E o programa todo é um EMBUSTE, porque anunciar 25 mil milhões de euros de investimentos e só ter para gastar 7 mil milhões, contando que os privados aparecam com 18 mil milhões é esperar que sai o euromilhões na sexta! No momento em que a confianca económica está no ponto mais baixo desde os tempos do Durão Barroso, com os impostos a subir e a afrontarem os grupos económicos, que esperam? E ainda por cima, segundo ouvi alguns economistas dizer, estes são investimentos pouco rentáveis ou de dificil retorno, pelo que os investidores (os grandes investidores...) que por menos do que 7% de retorno não investem, provavelmente não serão os parceiros deste governo... Enfim, cada um tem o que merece, e nós temos o Sócrates.
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