Aqui há uns dias, aconteceu aquilo que eu já temia há algum tempo. O Governo retirou poderes de decisão à Comissão Executiva do Metro do Porto e anunciou mudanças na lei para assumir ele mesmo a gestão da Empresa.
Mais dia, menos dia, tinha de acontecer!
Na verdade, quando alguém permite que o valor inicial da empreitada do Metro do Porto aumente quase 130%, ou seja, mais de 1.300 milhões de Euros que o preço base, das duas uma: ou há incompetência na gestão, ou então foram realizadas, sem controlo e de forma abusiva, um conjunto de obras, muitas provavelmente para satisfazer oportunismos políticos, ou silenciar “guerrinhas” ciumentas entre Municípios.
Obviamente, não conheço ao pormenor a actividade global da Empresa Metro do Porto, mas por aquilo que me é dado observar no “meu” Concelho de Gaia, fico com sérias duvidas sobre a oportunidade, o objectivo e o financiamento de algumas obras executadas pela Empresa em vários locais de toda a Área Metropolitana do Porto (A.M.P.).
Para não ferir susceptibilidades, fixemo-nos apenas e tão só em dois paradigmáticos exemplos, sobre aquilo que acabo de afirmar:
Neste preciso momento, a Metro do Porto, tem em execução, pelo preço previsível de 3,2 milhões de euros, a construção de um pequeno troço de via, à margem do centro histórico de Gaia, que para além de nada ter que ver com a linha do metro em Gaia, afigura-se de duvidosa prioridade.
Por outro lado, na ultima campanha autárquica, numa reunião dos Candidatos à Vereação pelo P.S. em Gaia com o Presidente da Comissão Executiva do Metro, tivemos oportunidade de lhe dizer que a 1ª linha do Metro na nossa cidade estava transformada num grande embuste e num enorme pesadelo, exigindo que a mesma fosse de imediato prolongada até Laborim, ou seja, até a zona depois do final da Avenida da Republica e que não termina-se como termina, no meio da Avenida!!!
Quase caia o Mosteiro da Serra do Pilar e a Ponte D.Luís, mas a verdade é q as nossas preocupações eram pertinentes e a prova disso mesmo é a atitude que o Governo acaba de tomar.
Ainda há alguns dias como membro da direcção do P.S. e da J.S. de Gaia, critiquei o Governo, devido à sua proposta para o PIDDAC/2006 para a minha cidade, mas a verdade é que hoje pretendo afirmar que vejo, como muito positiva, a medida do Governo, que retira poderes à Comissão Executiva do Metro e nomeia um grupo de trabalho para avaliar a situação da empreitada e assegurar o equilíbrio operacional e financeiro do projecto.
Entretanto aproveito para fazer dois pedidos a este grupo de trabalho:
- O primeiro, é q acabem com a participação dos Presidentes de Câmara no Conselho de Administração do Metro do Porto, porque para além de tornar a gestão mais eficaz, poupam-se muitos euros.
- O segundo, e este é bem mais sentido, é para implorar que prossigam, de imediato, com a 1ª linha do Metro em Gaia até Laborim, porque a situação actual do Metro acabar no meio da Avenida da República é no mínimo ridícula. Apelando também que a 2ª linha do Metro, entre Laborim e a Casa da Musica pela ponte da Arrábida, avance sem mais demoras, pois estão em causa cerca de 250 mil utilizadores diários, não só de Gaia, mas de todos os Concelhos a Sul do nosso Município.
Por ultimo, tenho de vos dizer que lamento profundamente que alguns pseudo-intelectuais e fazedores de opinião do Porto, pretendam justificar e defender a gestão do Metro do Porto, com a anedótica desculpa que o Metro de Lisboa esbanja muito mais dinheiro que o nosso!!!
Mais dia, menos dia, tinha de acontecer!
Na verdade, quando alguém permite que o valor inicial da empreitada do Metro do Porto aumente quase 130%, ou seja, mais de 1.300 milhões de Euros que o preço base, das duas uma: ou há incompetência na gestão, ou então foram realizadas, sem controlo e de forma abusiva, um conjunto de obras, muitas provavelmente para satisfazer oportunismos políticos, ou silenciar “guerrinhas” ciumentas entre Municípios.
Obviamente, não conheço ao pormenor a actividade global da Empresa Metro do Porto, mas por aquilo que me é dado observar no “meu” Concelho de Gaia, fico com sérias duvidas sobre a oportunidade, o objectivo e o financiamento de algumas obras executadas pela Empresa em vários locais de toda a Área Metropolitana do Porto (A.M.P.).
Para não ferir susceptibilidades, fixemo-nos apenas e tão só em dois paradigmáticos exemplos, sobre aquilo que acabo de afirmar:
Neste preciso momento, a Metro do Porto, tem em execução, pelo preço previsível de 3,2 milhões de euros, a construção de um pequeno troço de via, à margem do centro histórico de Gaia, que para além de nada ter que ver com a linha do metro em Gaia, afigura-se de duvidosa prioridade.
Por outro lado, na ultima campanha autárquica, numa reunião dos Candidatos à Vereação pelo P.S. em Gaia com o Presidente da Comissão Executiva do Metro, tivemos oportunidade de lhe dizer que a 1ª linha do Metro na nossa cidade estava transformada num grande embuste e num enorme pesadelo, exigindo que a mesma fosse de imediato prolongada até Laborim, ou seja, até a zona depois do final da Avenida da Republica e que não termina-se como termina, no meio da Avenida!!!
Quase caia o Mosteiro da Serra do Pilar e a Ponte D.Luís, mas a verdade é q as nossas preocupações eram pertinentes e a prova disso mesmo é a atitude que o Governo acaba de tomar.
Ainda há alguns dias como membro da direcção do P.S. e da J.S. de Gaia, critiquei o Governo, devido à sua proposta para o PIDDAC/2006 para a minha cidade, mas a verdade é que hoje pretendo afirmar que vejo, como muito positiva, a medida do Governo, que retira poderes à Comissão Executiva do Metro e nomeia um grupo de trabalho para avaliar a situação da empreitada e assegurar o equilíbrio operacional e financeiro do projecto.
Entretanto aproveito para fazer dois pedidos a este grupo de trabalho:
- O primeiro, é q acabem com a participação dos Presidentes de Câmara no Conselho de Administração do Metro do Porto, porque para além de tornar a gestão mais eficaz, poupam-se muitos euros.
- O segundo, e este é bem mais sentido, é para implorar que prossigam, de imediato, com a 1ª linha do Metro em Gaia até Laborim, porque a situação actual do Metro acabar no meio da Avenida da República é no mínimo ridícula. Apelando também que a 2ª linha do Metro, entre Laborim e a Casa da Musica pela ponte da Arrábida, avance sem mais demoras, pois estão em causa cerca de 250 mil utilizadores diários, não só de Gaia, mas de todos os Concelhos a Sul do nosso Município.
Por ultimo, tenho de vos dizer que lamento profundamente que alguns pseudo-intelectuais e fazedores de opinião do Porto, pretendam justificar e defender a gestão do Metro do Porto, com a anedótica desculpa que o Metro de Lisboa esbanja muito mais dinheiro que o nosso!!!
É muito por causa deste tipo de pensamento e de acção que o Porto e a sua Região tem vindo a perder poder político e empresarial.
2 comentários:
Concordo que se retire da órbita dos presidentes de câmara a gestão do Metro do Porto. É salutar que tal aconteça porque a tendencia, por mais sérios que sejam, é de aproveitar essa empresa para satisfazer necessidades concelhias...
Mas colocar a empresa na órbita do Estado Central, mais propriamente do Ministro das Obras Públicas que até agora apenas demonstrou incompetência de gestão - ver casos Ota e TGV com decisão primeiro e estudos depois - é que já não me parece nada bem! Cheira-me a controlo político e a tachos para alguns "boys" a curto prazo...
O ideal seria contratar uma equipa de gestão apartidária e eficaz nessa área especifica, tal como se fez há uns anos com a TAP que hoje respira saúde financeira e credibilidade económica para atrair grupos económicos privados para parcerias na tomada de posição sobre a Varig ou para a compra dos novos aviões AirBus.
Se o Ministro tomar essa atitude, ok. Se assim não for... Vou criticar ainda mais!
eu concordo com o nuno. mas parece-me importante que não se crie um novo conselho de administração do metro do porto, e que este funcione de forma hermética, sem atender às necessidades reais da area metropolitana do porto.
tambem estou à espera para perceber o modelo que pretendem implementar. porque trocar os presidentes de camara por qualquer outro "boy", com qualificações mais ou menos duvidosas para este tipo de cargos, não me parece correcto.
por isso defendi o que manuela ferreira leite fez quando foi buscar o director geral dos impostos. e defendo o mesmo agora: que se va buscar ao privado, se asim for necessario, tecnicos de comprovada qualidade para dar a volta a uma situação que ninguem parece ter interesse em explicar como chegou a limites tao preocupantes...
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