Ontem, dia 23 de Outubro de 2005, fez-se história no Brasil. Pela primeira vez, o nosso país irmão realizou um referendo nacional.
Cerca de 122 milhões de brasileiros votaram num referendo cuja pergunta, apesar de simples, pode vir a mudar uma sociedade: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido?”
Os resultados já apurados http://www2.camara.gov.br/internet/referendo2005 e conforme todas as sondagens indicavam, apontam para uma esmagador vitória do “NÃO” com cerca de 65%.
Os meios de comunicação mais fortes no Brasil posicionam-se em diferentes lados da barricada e enquanto a prestigiada revista “Veja” apelou ao voto no não, a “Globo”, defendeu o fim da venda de armas.
Num país onde morrem anualmente cerca de 40 mil pessoas vítimas de armas de fogo e onde se calcula que existam cerca de 17 milhões de armas, sendo que mais de metade são ilegais, este é um momento decisivo para o Brasil.
As armas, para além de ocuparem o terceiro lugar entre as principais causas de morte da população, são a primeira causa de mortalidade entre os jovens, sendo este um dos aspectos mais realçados pelos defensores do “SIM”.
Já os defensores do “NÃO”, que são a favor da continuidade da venda, usaram o argumento de que é necessário «defender a população», perante a vaga de violência registada em várias regiões do país, principalmente nas grandes cidades e nas fazendas.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, a votação electrónica de domingo será a maior consulta popular informatizada do mundo.
O voto no referendo é obrigatório, e quem não comparecer à votação deverá justificar a ausência em qualquer secção eleitoral.
O voto é facultativo para menores de 18 anos e maiores de 70 anos.
Ao contrário das eleições legislativas e presidenciais, o referendo só será realizado no Brasil, deixando de fora os brasileiros residentes no estrangeiro.
Este é um momento decisivo para o Brasil e quem sabe para o resto do Mundo…
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