O Tino e o André

Sábado, three am, o Tino e o André andavam a vaguear de cerveja na mão em Vila do Conde.
No tão inesperado encontro, falou-se especialmente de futebol e, muito em particular, do Angola-Portugal. O meu palpite era que Portugal iria ganhar por 4 a zero. O deles era que Portugal iria ganhar por 1 a 0. Eles acertaram. Acho que, tal como eu, a maioria dos portugueses estava confiante numa goleada... Depois veio à conversa a falta de profissionalismo, de ética desportiva e civismo demonstrado pela equipa angolana aquando do amigável em Portugal. O Tino e o André disseram que a culpa foi do árbitro, por não ter assinalado não sei o quê ao Pauleta.
A conversa acabou a falarmos da Cuca (cerveja angolana)e do calor das mulheres africanas quando comparadas com as portugueses. Vira-se o André para mim: A Cuca é boá, melhô qui à Supe Bock... E a mulhé africana nã tem nada a vê cô as portuguesa... A conversa acabou com desejos que ambas as equipas passem a fase de grupos e comigo a realçar a prevista goleada de ontem (o que não aconteceu).
Depois de nos afastarmos, ouvi vidros a partirem-se. O André e/ou o Tino tinham partido as garrafas de cerveja.
O Tino e o André eram dois angolanos que vestiam orgulhasamente a camisola da sua selecção. A selecção de Angola.