O principal responsável pela elaboração do programa eleitoral do partido socialista (António Vitorino) não faz parte do governo. Pelo que se consta, por vontade própria. Diz ele que não gostou de ser ministro.
Ontem li um artigo no público sobre o intelectual francês Raymond Aron, onde o distinguiam de Sartre de acordo com a ética "Weberiana".
Segundo Max Weber existe a ética da convicção (as pessoas são julgadas de acordo com as suas intenções) e a ética da responsabilização (as pessoas são julgadas pelos seus actos).
Esta parece-me também uma diferença entre a esquerda e a direita, entre o idealismo e o pragmatismo.
Segundo Raymond Aron, um intelectual não é aquele que se limita a criticar e a assinar por baixo, mas sim aquele que participa activamente na implementação das suas ideias e que assume plenamente as consequências que delas advenham.
O difícil está em desenvolver as ideias aplicando-as na prática.
Pior ainda, o que os políticos não querem é assumir as responsabilidades das suas políticas. E nisto estão todos de acordo. PS, PSD, PP, PCP e BE ainda não vi da parte de nenhum deles medidas concretas de responsabilização política.
Isto para lhe dizer sr. Vitorino, que de boas intenções e textos lindos tá o mundo cheio e o senhor fugiu às suas responsabilidades. Fugiu à parte difícil, senão não aceitaria realizar o programa eleitoral.
Ou será que tem no horizonte uma candidatura a Belém??? Belém não custa nada, não é???
Macau que se vai perdendo
Há 10 anos
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