quarta-feira, março 29, 2006

Encerramento de Escolas e Maternidades II

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Depois vem o problema das maternidades. Há quem diga que as maternidades não podem encerrar pois como é que vai ser quando a mulher entrar em trabalho de parto e tiver que ir correndo para o hospital. Bom, há que dizer que se isso acontecer nessas maternidades que estão indicadas para encerrar, a possibilidade de ser imediatamente atendida não é assim tão grande. Depois há o problema da distância, e fala-se de Trás-os-montes, mas neste caso será o Conselho Administrativo daquela região a decidir como será feito, não serão "os de Lisboa". Por fim, existem os problemas bairristas de que ir nascer a outra terra é terrível para os meninos e para as mães.
Ainda que com algum receio de ser espingardado, falarei da tomada de posição de Manuel Alegre. Sim, porque um militante do PS e (defeito dos defeitos) apoiante de Sócrates a críticar Alegre é como um homem ser publicamente contra as quotas femininas, é logo apelidado pelas líderes como um machista, e um porco que é conra a emancipação das mulheres. No caso, serei acusado de ter mau perder e de opressor ao verdadeiro e único defensor da liberdade, mas não tem mal.
Alegre referiu que os pais e as mães (perdoem-me o preciosismo feminista) de Elvas devem poder ter os seus filhos e filhas (está-se a tornar cansativo...) em Portugal. Este é o argumento chave, aquele que nos faltava. Isto deixa-nos boqueabertos, não é verdade? Que rasgo, hem?
Como é que uma pessoa que tem a dita responsabilidade de um milhão de votos, consegue cair no populismo nacionalista? Então não somos pró-europeus? Todos a favor do espaço comunitário europeu? Parece que não, parece que mesmo os arautos da boa política são fervorosos nacionalistas que têm medo de ver crianças puras portuguesas a nascer em Badajoz (que diga-se, é mesmo ali ao lado) e a vírem infectados com o vírus hispannicus. Já nem argumento contra a (im)possível hipótese de, contra a vontade dos pais, o bebé ter nacionalidade espanhola.
Mas calo-me contra o Alegre, que ainda sou queimado vivo.

Bom, espero ter provocado o suficiente. Voltarei em breve.

Abraços e beijinhos a todos e a todas.

3 comentários:

Pavão disse...

Concordo que se fechem organismos públicos que se encontrem desadequados quer pelos utilizadores, quer pelas instalações, sejam os organismos escolas, hospitais ou repartições de finanças. Não concordo é que a alternativa seja em espanha... Que querem, no dia em que a alternativa a um organismo público português for um espanhol, o meu primeiro ministro passa a ser o Zapatero e o Presidente o Juan Carlos...

"Fernando Pessoa" disse...

Concordo plenamente,

relativamente às escolas considero que o sistema de ensino precisa de uma volta de 360 graus (ou mais), mas faço referencia a umas ideias que hoje o Tio Belmiro, deixou transparecer numa conferncia em coimbra, no geral ele defendou a ideia da escola-empresa.

Gostei do que eu ouvi, pois algumas ideias ja defendia à muito, a assunto a desenvolver

despertador disse...

Meus, caros, como vos disse discordo do nacionalismo e discordo das escolas-empresa. O sistema de escola empresa já foi aplicado com péssimos resultados, a escola não pode ser avaliada friamente numa lógica empresarial.
Concordo que a escola tem que mudar, mas em sentido oposto a esse.

Abraço e obrigado por discordarem. :)