Tenho lido muita coisa sobre este conflito israelo-árabe e num destes dias li um artigo interessante de um estrangeiro (já não sei nem em que dia nem quem era o autor) no Público sobre como este conflito poderá ser o prenúncio de uma 3ª guerra mundial, pois como ele relembrava todos os conflitos costumam nascer de pequenos actos, às vezes individuais como foi o assassinato do arquiduque do império austro-hungaro nos balcãs, por exemplo, que deu origem à 1ª guerra mundial. Ou, como me lembro agora, da encenação promovida pelos nazis na Polónia que levou à sua invasão para "defender" alguns alemães "atacados" pelos polacos, que deu origem à 2ª guerra mundial.
De facto, não sei se isto será o prenúncio ou não de uma nova confrontação à escala planetária. Mas sei que há nesta altura demasiados países alinhados com diversas coisas/causas e que se movem por ódios e invejas que podem fazer desencadear, como uma faísca numa refinaria de petróleo, uma grande tragédia.
Temos uma Coreia do Norte e um Irão próximos de conseguirem armamento nuclear, um Paquistão e uma India que já dominam essa tecnologia, diversas repúblicas do antigo império comunista que ficaram com tecnologia nuclear, antiga e degrdada, mas está lá... Temos a Venezuela e Cuba que estão sempre do outro lado da barricada dos Estados Unidos. Temos uma velha Europa dividida e sem capacidade de afirmação internacional, com os líderes mais fracos políticamente dos últimos 20 anos e uma ONU minada pela corrupção e pelo seu sistema arquético que funcionamento derivado da guerra fria pós-2ª GG.
Temos países árabes sedentos de uma vingança não sei de quê e com um fundamentalismo religioso pior que o da inquisção europeia há uns largos séculos atrás.
Temos um pequeno país, menor que o Alentejo, criado a régua e esquadro pelo ocidente no meio dos desertos árabes, o qual depende desde o seu primeiro dia do exército para poder continuar a existir (não esquecer que no dia seguinte à ONU ter aprovado a criação do estado de Israel todos os países vizinhos declararam-lhe guerra e começaram os combates...).
Temos os Estados Unidos, a grande potência vencedora da guerra fria, com um imenso arsenal e uma tradicional falta de tacto em resolver os assuntos onde poderia melhor do que qualquer outra nação do mundo poder de facto ser o factor decisivo.
Temos alguns aliados seus tradicionais que por vezes deixam de o ser, em especial na Europa ocidental que deles precisou para se defender do perigo do comunismo para lá da cortina de ferro.
Estou preocupado. Neste momento, parece-me claro que o problema não são os israelitas. Digam-me o que disserem, mas um país que se não usar as armas rapidamente deixará de existir não pode, não é o culpado da violência. Israel está cercado de países que patrocinam movimentos de guerrilha, que estão em guerra com Israel. Países que têm importância pelo simples facto de possuírem reservas consideráveis do principal bem energético que o mundo ocidental precisa: o petróleo.
Não sei quais serão os próximos passos. Sei, tenho a certeza, que se os árabes pousarem as armas, rapidamente havará um período de paz. Sei também, tenho a certeza, que se forem os israelitas a pousarem as armas, rapidamente deixarão de existir enquanto país. Por isso estou preocupado, pois não vejo forma de resolver o conflito de tão extremado que ele está!
Macau que se vai perdendo
Há 10 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário