terça-feira, dezembro 29, 2009

VIVA PORTUGAL E BOM 2010

"EU CONHEÇO UM PAÍS..."


Nicolau Santos, Director - adjunto do Jornal Expresso, In Revista "Exportar"

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade mundial de recém-nascidos, melhor que a média da UE.

Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.

Eu conheço um país que é líder mundial na produção de feltros para chapéus.

Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende no exterior para dezenas de mercados.

Eu conheço um país que tem uma empresa que concebeu um sistema pelo qual você pode escolher, no seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.

Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou um sistema
biométrico de pagamento nas bombas de gasolina.

Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou uma bilha de gás muito leve que já ganhou prémios internacionais.

Eu conheço um país que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, permitindo operações inexistentes na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos.

Eu conheço um país que revolucionou o sistema financeiro e tem três Bancos nos cinco primeiros da Europa.

Eu conheço um país que está muito avançado na investigação e produção de energia através das ondas do mar e do vento.

Eu conheço um país que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os toda a EU.

Eu conheço um país que desenvolveu sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos às PMES.

Eu conheço um país que tem diversas empresas a trabalhar para a NASA e a Agência Espacial Europeia.

Eu conheço um país que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas.

Eu conheço um país que inventou e produz um medicamento anti-epiléptico para o mercado mundial.

Eu conheço um país que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça.

Eu conheço um país que produz um vinho que em duas provas ibéricas superou vários dos melhore vinhos espanhóis.

Eu conheço um país que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamento de pré-pagos para telemóveis.

Eu conheço um país que construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pelo Mundo.

O leitor, possivelmente, não reconheceu neste país aquele em que vive...

PORTUGAL

Mas é verdade.Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.

Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Out Systems, WeDo, Quinta do Monte d'Oiro, Brisa Space Services, Bial, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Portugal Telecom Inovação, Grupos Vila Galé, Amorim, Pestana, Porto Bay e BES Turismo.

Há ainda grandes empresas multinacionais instalada no País, mas dirigidas por portugueses, com técnicos portugueses, de reconhecido sucesso junto das casas mãe,como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal e a Mc Donalds (que desenvolveu e aperfeiçoou em Portugal um sistema que permite quantificar as refeições e tipo que são vendidas em cada e todos os estabelecimentos da cadeia em todo o mundo ) .

É este o País de sucesso em que também vivemos, estatisticamente sempre na cauda da Europa, com péssimos índices na educação, e gravíssimos problemas no ambiente e na saúde... do que se atrasou em relação à média UE...etc.

Mas só falamos do País que está mal, daquele que não acompanhou o progresso.


É tempo de mostrarmos ao mundo os nossos sucessos e nos orgulharmos disso.

domingo, dezembro 27, 2009

Lutar...


Tenho o meu amor preso a outra mulher...enquanto isso, luto para o conquistar...às vezes não sei se desista ou se continue no campo de batalha...receio ser vencida pelo cansaço...ou apenas ser vencida...e que as minhas lágrimas congelem...e o meu coração seque...e que jamais eu volte a amar...
By Becas
(Anabela Sousa)

terça-feira, dezembro 15, 2009

sábado, novembro 07, 2009

Com tranquilidade...

...ou então não! Mas nem o risco ao meio salvou o agora ex-treinador do Sporting da facada final que se anunciava há já muito.


Foto Luminescências

Poderei estar enganado, mas não vai ser a substituição do treinador que vai resolver o problema do Sporting. Porque o problema está na falta de investimento em jogadores chave para a equipa.

Não tem um bom guarda-redes, não tem defesas laterais, faltam extremos (que não se lesionem) e a saída de Derley não foi acautelada.

Sem ovos não se fazem omoletes. Sem bons jogadores não se fazem grandes equipas! E Paulo Bento, na sua fé inabalável nos putos que ajudou a formar teve aí a sua maior força e, no final, a sua maior fraqueza. Porque não é possível formar todos os anos vários miudos topo de gama, de vez em quando saiem uns acima da média, mas a maioria é mediana. E nesses lugares é preciso investimento para colmatar essa mediania, o que o SCP não fez.

Agora, aguardemos pelo senhor que se segue...

quinta-feira, novembro 05, 2009

Catra-pum-pás-bang

Mário Crespo é um grande jornalista e excelente apresentador de noticiários, sendo o autor/apresentador daquele que a mim mais me agrada assistir. Mas a sua faceta de comentador no JN, onde expressa a sua opinião semanalmente, é simplesmente assombroso na clareza com que chama os bois pelos nomes e na coragem de abordar os assuntos sem receio que lhe "retirem" da antena...

Esta crónica ontem publicada, "Os intocáveis", é um exemplo disso mesmo, parte a loiça toda, catra-pum-pás-bang.

Para ler e reflectir:

"O processo Face Oculta deu-me, finalmente, resposta à pergunta que fiz ao ministro da Presidência Pedro Silva Pereira - se no sector do Estado que lhe estava confiado havia ambiente para trocas de favores por dinheiro. Pedro Silva Pereira respondeu-me na altura que a minha pergunta era insultuosa.

Agora, o despacho judicial que descreve a rede de corrupção que abrange o mundo da sucata, executivos da alta finança e agentes do Estado, responde-me ao que Silva Pereira fugiu: Que sim. Havia esse ambiente. E diz mais. Diz que continua a haver. A brilhante investigação do Ministério Público e da Polícia Judiciária de Aveiro revela um universo de roubalheira demasiado gritante para ser encoberto por segredos de justiça.

O país tem de saber de tudo porque por cada sucateiro que dá um Mercedes topo de gama a um agente do Estado há 50 famílias desempregadas. É dinheiro público que paga concursos viciados, subornos e sinecuras. Com a lentidão da Justiça e a panóplia de artifícios dilatórios à disposição dos advogados, os silêncios dão aos criminosos tempo. Tempo para que os delitos caiam no esquecimento e a prática de crimes na habituação. Foi para isso que o primeiro-ministro contribuiu quando, questionado sobre a Face Oculta, respondeu: "O Senhor jornalista devia saber que eu não comento processos judiciais em curso (…)". O "Senhor jornalista" provavelmente já sabia, mas se calhar julgava que Sócrates tinha mudado neste mandato. Armando Vara é seu camarada de partido, seu amigo, foi seu colega de governo e seu companheiro de carteira nessa escola de saber que era a Universidade Independente. Licenciaram-se os dois nas ciências lá disponíveis quase na mesma altura. Mas sobretudo, Vara geria (de facto ainda gere) milhões em dinheiros públicos. Por esses, Sócrates tem de responder. Tal como tem de responder pelos valores do património nacional que lhe foram e ainda estão confiados e que à força de milhões de libras esterlinas podem ter sido lesados no Freeport.

Face ao que (felizmente) já se sabe sobre as redes de corrupção em Portugal, um chefe de Governo não se pode refugiar no "no comment" a que a Justiça supostamente o obriga, porque a Justiça não o obriga a nada disso. Pelo contrário. Exige-lhe que fale. Que diga que estas práticas não podem ser toleradas e que dê conta do que está a fazer para lhes pôr um fim. Declarações idênticas de não-comentário têm sido produzidas pelo presidente Cavaco Silva sobre o Freeport, sobre Lopes da Mota, sobre o BPN, sobre a SLN, sobre Dias Loureiro, sobre Oliveira Costa e tudo o mais que tem lançado dúvidas sobre a lisura da nossa vida pública. Estes silêncios que variam entre o ameaçador, o irónico e o cínico, estão a dar ao país uma mensagem clara: os agentes do Estado protegem-se uns aos outros com silêncios cúmplices sempre que um deles é apanhado com as calças na mão (ou sem elas) violando crianças da Casa Pia, roubando carris para vender na sucata, viabilizando centros comerciais em cima de reservas naturais, comprando habilitações para preencher os vazios humanísticos que a aculturação deixou em aberto ou aceitando acções não cotadas de uma qualquer obscuridade empresarial que rendem 147,5% ao ano. Lida cá fora a mensagem traduz-se na simplicidade brutal do mais interiorizado conceito em Portugal: nos grandes ninguém toca."

terça-feira, outubro 27, 2009

Absolut ou (sob) reserva



Um interessante editorial do i, o jornal mais interessante da actualidade em Portugal, uma espécie de Público dos anos 90, faz uma alusão muito interessante à perspectiva de Governo que iremos ter para os próximos anos.

Um Absolut Sócrates de alto teor alcóolico e peito cheio ou um (sob) reserva mais brando para ser calmamente digerido?

Aposto para mim que vai ser um cocktail. Porque uma vez vodka e nunca mais poderá ser um Douro ou um Alentejo de qualidade. E o teor alcóolico é demasiado grande para ser consumido assim...

Atente-se no discurso, onde foi dizendo que quer dialogar (e as eleições foram há um mês e de então para cá só ouço falar de diálogos em Belém e em S. Bento mas não vejo acção...) mas foi deixando o recado aos partidos da oposição, que são todos os outros: o programa do PS é para cumprir e não há discussão sobre isso!

Ora que diálogo será este? "Vamos lá falar mas no final fazemos o que eu quero!" não é dialogar...

Aliás, posso estar enganado, mas a táctica está à vista de quem quiser ver: o Governo vai forçar ao máximo as propostas com ar dialogante mas resultado nulo até que o Parlamento seja dissolvido, lá para meados de 2011, seis meses depois das eleições presidenciais...

E o Presidente, qual o papel dele nisto?

Tenho para mim que agora que ele podia impor muito mais a sua força e "presidencializar" este Governo minoritário, por demérito político (que sempre foi o principal defeito de Cavaco Silva) na gestão dos silêncios e intervenções nas campanhas eleitorais, acabou por se ver fragilizado e sem capacidade de, neste momento e nestas circunstancias, conseguir intervir. Mas o tempo costuma sarar as feridas e agora que acabou o "circo" das campamnhas, compete ao Governo começar a governar e as probabilidades de ser ele, novamente, o centro das atenções são enormes - e é isso que o Presidente precisa agora, tempo e desviar as atenções de forma a que possa recuperar o seu poder moderador e espaço de intervenção.

Mas no final, muito sinceramente, apenas sobrará uma grande ressaca aos portugueses, muita dor de cabeça e azia q.b., o que nós precisavamos era de um Gurosan Sócrates e de um Prozac Cavaco...

quinta-feira, outubro 22, 2009